Monday, March 30, 2009

A Fénix e o gato Steve em Marte ?!

Lembro mais uma vez a todos que podem ler livros interessantes em:

http://e-livros.clube-de-leituras.pt/


O farol que anda

Num dia soalheiro fui ao farol da Barra, fui a pé ao farol. Quando o vi ele era gigantesco! Alguém me disse:

­­­­­­­­­­- Este farol é o maior de Portugal, mede sessenta e dois metros de altura e tem sessenta e seis metros de altitude.

- Ainda bem que me disse isso, para eu anotar no meu caderno, porque a minha professora mandou-me escrever mesmo o que disse.

Quando entrei no farol, ele tinha duzentos e setenta e um degraus e mais uma escada metálica com vinte degraus. Aquilo era lindíssimo! Visto de longe parece um farol normal (não muito grande) mas visto de perto é gigantesco. O farol da Barra foi inaugurado no século XIX, em 1893. Foi electrificado no século XX, em 1936.

A certa altura, perto do farol, apareceu-me um monstro gordo, peludo, azul, com bolinhas amarelas, que media três metros e vinte. Eu assustei-me muito, mas fiz o meu super-poder e ele desfez-se em pó azul e amarelo. Aquilo é que foi um susto.

De repente, o farol começou a andar e foi para a Gafanha da Nazaré. Parou mesmo à frente da minha casa. A minha mãe achou muito esquisito o farol da Barra estar à frente da minha casa, mas depois eu contei tudo o que tinha acontecido à minha mãe. Mesmo assim não ficou muito aliviada. Eu olhei para ele, ele piscou-me o olho e eu assustei-me, mas depois saí de casa e fui lá para fora. Ele começou a falar comigo e eu fiz amizade com o farol da Barra. Aquilo é que foi divertido!

- Eu e tu vamos viver grandes aventuras – disse o farol.

- Posso ver o teu foco? Mas não o ponhas com luz.

- Está bem – disse o farol da Barra.

Eu entrei lá dentro e vi o foco. Ele era gigantesco (ainda bem que fui de elevador porque subir duzentos e setenta e um degraus e mais uma escada metálica com vinte degraus, imaginem como era cansativo).

- Muito obrigado, farol da Barra! Por falar nisso, vou-te chamar Grandalhão, está bem?

- Pode ser, eu não me importo – disse o Grandalhão.

- Muito bem, por onde é que vamos começar? É que eu estou ansioso por viver uma aventura.

- Nós vamos começar a explorar a Barra – disse o Grandalhão.

- Posso ir para as tuas costas, se faz favor?

- Claro que podes, anda!

- Vamos começar a investigar ali na praia da Barra, está bem?

- Sim.

- Acho que está ali qualquer coisa – afirmei.

E assim começámos a procurar na praia, depois no café e assim sucessivamente.

- Muito bem, eu estou um pouco cansado, amanhã vivemos outra aventura. Lembra-te: acorda às oito da manhã e eu vou ter contigo de bicicleta.

- Eu não me esqueço. Espera aí, eu vou-te ensinar coisas sobre mim – disse o Grandalhão. – Sabias que eu custei a quantia de cinquenta e um contos aos cofres do Estado e o cilindro tem de altura quarenta e quatro metros e meio?

- Não, não sabia.

- E sabias que a inauguração foi levada a cabo por Bernardino Machado e que sou o mais alto da Península Ibérica?

- Não, também não sabia. Até amanhã.

No dia seguinte, eu levantei-me, tomei o pequeno-almoço, lavei os dentes, preparei a minha mochila de aventura e fui ter com o Grandalhão.

- Olá, Grandalhão, bom dia, como é que estás hoje?

- Eu estou bem, obrigado e já estou preparado para outra aventura. Planeei ir de barco ao Egipto, está bem?

- Sim, sim, eu sempre quis ir ao Egipto explorar as pirâmides e os hieróglifos. Não temos tempo a perder. Anda!

- Já vou, os barcos vêm daqui a cinco minutos.

Nós fomos até aos barcos, e toda a gente se assustou quando viu o Grandalhão andar, ou seja, o farol da Barra.

Quando chegámos ao Egipto, os egípcios pensaram que o Grandalhão era um extraterrestre, mas depois eu contei ao faraó tudo o que se tinha passado, porque eu já conhecia o faraó, e o faraó já me conhecia.

Todos se divertiram a brincar e a explorar.

- Vamos explorar pirâmides – disse o farol da Barra.

- Espera por mim.

- Esperem por nós – disseram os egípcios.

- Estão ali as pirâmides de Gizé, venham.

- Já vamos – disseram o farol e os egípcios.

- Estamos na altura certa.

- Altura certa para quê? – disse o Grandalhão.

- Para explorar as pirâmides de Gize, é claro.

- Muito bem, estão preparados?

- Sim, é claro.

- Não estão com um bocadinho de medo? – disse o farol.

- Eu não, e tu?

- Não, eu não tenho medo de nada nem me assusto.

- Búúúú.

- Ààààà.

- Afinal assustas-te.

- Claro, isso foi de repente.

- Está ali o sarcófago do Quéops. Vamos ver o que é que tem lá dentro.

- Eu não tenho a certeza, pode ser uma armadilha. Não acham?

- Eu não acho.

Nós encontrámos muitas coisas mas nada melhor que a amizade. Depois eu e o Grandalhão fomos para casa descansar da aventura porque aquilo é que foi cansativo.

Eu e o farol da Barra vivemos muitas aventuras a valer!


João Pedro


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