Friday, October 24, 2008

Debaixo da folha seca


Debaixo da folha seca
há uma sardanisca sardenta.
Em cima duma pedra velha
há uma linda abelha.

No Outono, a chover,
as folhas vão morrer.
Ficam secas e velhas,
vão parar às telhas.

No Outono caem folhas.
Há pessoas a passar.
Se continuar a chover,
até os peixes se vão afogar.

Já estamos no Outono,
com folhas de várias formas .
Recortadas, redondas e grandes.
Já ninguém come sandes?

As folhas são de várias cores:
verdes, vermelhas e amarelas.
O vento a assobiar
e as folhas a esvoaçar.

Eu gosto muito do Outono,
voa tudo pelo ar.
Os micróbios pelo ar,
as pessoas a espirrar,
os meninos a adoecer
e os gatos a miar.

Há muita gente
a tossir e a espirrar.
Vão pela rua
com os cabelos molhados
E ficam constipados.

José Pedro

Wednesday, October 22, 2008

Folhas secas



O Outono já chegou.
Há folhas, lá fora, a cair,
de várias cores.
Secas estão.

Lá fora há minhocas
à procura dum abrigo.
Uma folha seca querem ter,
debaixo duma pedra querem viver.

Num monte de folhas secas
havia um formigueiro a passar
E a minhoca foi observar.

A minhoca reparou numa aranha,
foi ter com a aranha,
fez uma nova amiga
brincou sem problemas.

O Inverno há-de chegar.
As folhas vão desaparecer.
Constança e Sara

Tuesday, October 21, 2008

Debaixo da folha


Uma folha caiu,
um mundo vai começar
e uma festa
vamos ter que preparar.

Um formigueiro vai apareceR,
um casulo irá surgir,
e a folha castanha
irá sorrir.

Se ela desaparecer,
irá acontecer
uma tristeza
que eu não quero ver.

Quando levantamos uma folha,
um mundo podemos encontrar,
mas se a estragarmos
não se pode remediar.

Debaixo da folha seca,
ouvi um grilo cantar,
a lagarta rabear
e a borboleta falar.

Quando o vento soprar
e a folha voar,
os animais irão ficar
sem lugar para se abrigar.

Rita

Folha seca


A folha seca,
lá estava.
Sozinha, ali.
Debaixo duma batalha.

Lá estava a folhinha,
sozinha, coitadinha.
Debaixo dela,
uma lagartinha.

Lá estava a folhinha.
Debaixo dela, biliões
de baratas viviam.
A andar, a andar,
sem parar.

A folhinha ao mar,
lá irá dar,
para se molhar
e refrescar.

A Africa, lá vai ela.
A Ásia quase a chegar.
Com a América,
depois,para encontrar.

Ao Jardim Zoológico,
ver os leões,
e muito mais coisas,
aos trambolhões.

Escola da Chave.
Lá vem ela,
Tão cansada.
E depois mais nada.

Joana

Wednesday, October 15, 2008

Debaixo da folha seca


Debaixo da folha seca
está um carocol
que não quer
apanhar um raio de Sol.

Debaixo da folha seca
está um formigueiro,
cheio de formigas,
umas mandonas
e outras medricas.

Debaixo da folha seca
está um sapinho a saltar
para ir ter com a namorada
e namorar.

Debaixo da folha seca
está uma lagartixa a rodopiar
pois tem um amigo
que não a deixa brincar.

Debaixo da folha seca
está uma flor a chorar
porque tem frio
e não tem onde se abrigar.

Em cima da pedra grande
está um rato a cantar
porque desde pequeno
que gosta do mar.

Em cima da pedra pequena
está um mosquito a voar
que tem uns grandes olhos
para tudo vigiar.

Carolina R. e Rui

(Versos escritos a propósito do poema Debaixo da Folha Seca, de Maria Isabel Mendonça Soares.)

Monday, October 6, 2008

O Cavaleiro e a Princesa Moura


Passaram dias, semanas, meses e anos sem a bela princesa moura ser desencantada. Um dia, houve uma guerra. Depois, houve um cavaleiro que subiu as escadas até à torre mais alta, onde estava a princesa. O cavaleiro quando viu a porta fechada voltou para baixo e, com uma catapulta, acertou na torre. A princesa caiu, mas o cavaleiro foi com o seu cavalo e agarrou-a.
A princesa perguntou-lhe:
- Quem é mais belo, o meu pente de ouro fino ou eu ?
Como o cavaleiro conhecia a feiticeira que a tinha encantado, disse assim:
- O vosso pente é mais bonito do que vossa excelência.
Eles apaixonaram-se, casaram e tiveram muitos filhos. Um dia, quando morreram, aconteceu a mesma coisa a uma das filhas.

João Gonçalo e Rui

Wednesday, October 1, 2008

A Princesa Encantada

Passaram dias, semanas, meses e anos, sem a bela princesa moura ser desencantada. Numa bela noite de Lua cheia apareceu um cavaleiro valente em cima do seu cavalo branco. A princesa, sentada à beira do caminho, penteando-se com o seu pente de ouro fino e diamantes, vendo o cavaleiro pergunta-lhe:
- Quem é mais belo, o meu pente de ouro fino ou eu?
-Vós sois mais bela- afirma o cavaleiro.
Com uma lágrima a escorrer pelo rosto, a princesa correu para as profundezas da mina. O cavaleiro, triste, monta no seu cavalo branco e vai até ao palácio dos pais da princesa moura. Chegando ao palácio, o cavaleiro pergunta à rainha:
-Que tenho eu que fazer para libertar a minha amada?
-No dia do baptizado da minha filha, eu esqueci-me de convidar a bruxa Amélia. Quase no fim da festa, a bruxa entrou no palácio e, para se vingar, lançou um feitiço à princesa.
-Como posso vencer o feitiço?- perguntou o cavaleiro.
-Para acabares com o feitiço e libertares a princesa tens que dizer que o pente é mais belo do que ela.
-Obrigado, muito obrigado, vou já libertar a princesa- disse o cavaleiro.
Quando lá chegou, a princesa já não estava no caminho, mas o cavaleiro entrou dentro da mina e encontrou-a a chorar ao pé da água. Depois, disse-lhe:
- Desculpe, eu não sabia do feitiço e, já agora, o vosso pente é mais belo do que vós.
A princesa ficou tão contente que nem sabia o que dizer. O cavaleiro, que também estava muito feliz, disse:
-Quereis casar comigo?
A princesa disse que sim e viveram os dois felizes para sempre.

Rita e Carolina R.